no caderno Arte do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro.
Azulejos de figura avulsa portugueses, séc. XIX (?) |
Azulejos franceses, de Pays du Calais, séc. XIX. Rua Teófilo Otoni |
Este ano comecei um mapeamento dos imóveis do Rio com azulejos em suas fachadas, construídos entre o século XIX e a década de 1910. A pesquisa tem indicado que boa parte dos azulejos antigos daqui não são portugueses, mas sim holandeses. Há ainda azulejos franceses, alemães e, claro, portugueses. Independente da origem, o uso de azulejo em fachadas é tipicamente luso-brasileiro. Aqui, porém, muitas das fachadas são mais extravagantes do que lá.
Uso excêntrico de diversos padrões em uma única fachada, algo não existente em Portugal. |
Se temos ainda este rico patrimônio artístico, devido às décadas de abandono de certas áreas, precisamos estar alertas, pois o Rio está em plena reconstrução, e muita coisa que está por aqui há mais de 100 anos pode desaparecer em alguns dias. É preciso cobrar do poder público uma política de preservação e recuperação deste acervo, que muito nos conta de nós mesmos, e de nossa herança lusitana.
Segundo o que aqui consta os cariocas adoram modas. Vibram com cada novidade da estação. Talvez a apreciação da azulejaria dos velhos prédios do Rio possa se tornar moda nessa cidade que já foi capital do Reino Unido de Portugal, do Brasil e dos Algarves
ResponderExcluirContinua!!!
Sim, é verdade, mas como toda moda, é algo fugaz. Eu prefiro algo mais durador, mais aprofundado e refletido, mas isto não é característica de grande parte dos cariocas. Nem de grande parte da população do planeta.
Excluirabraços!