sábado, 16 de agosto de 2014

Botafogo IIb - rua Bambina x rua Marechal Niemeyer

imagem: Google Street View
Hoje encontrei um nome para este padrão usado no imóvel acima em Botafogo, que se chamaria "Lagarto", segundo a tese de mestrado "Fachadas azulejadas na margem do Sul do Tejo - Barreiro: 1850-1925", de Isabel Augusta dos Pires, defendida em 2013 na Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras.




E interessantemente, ela mostra que também este padrão teve uma "versão" holandesa.

A seguir, o texto sobre o padrão "Lagarto":

4.2.2.6 Padrão “Lagarto”
As influências inglesas estão bem patentes no padrão em tons de verde e branco, (...) largamente produzido e aplicado no nosso país. O padrão é constituído por formas octogonais perladas inscrevendo cada uma, um motivo vegetalista, um mais estilizado que o outro, intercaladas por quadrados com flor em aspa. (...) largamente produzido pela Real Fábrica de Louça de Sacavém com diferentes variantes de cor (Fig. 271, 272) e segundo a técnica de estampagem. O mesmo padrão surge num catálogo holandês, com os motivos em tons de azul, e referenciado como fazendo parte do catálogo Minton, de 1887 (Fig. 273). Este modelo também foi produzido pela fábrica Cerâmica das Devesas, segundo a técnica de estampilha.

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Atualização em 25/05/2017

Os azulejos encontrados neste imóvel são na verdade belgas. Vejam todos os detalhes nesta postagem >> .

2 comentários:

  1. Curioso.

    Porque raio o azulejo ficou conhecido por lagarto? Será da cor? Em Portugal o verde é à cor da camisola do Sporting, um popular clube de futebol cujos adeptos são conhecidos por Lagartos. Mas no tempo em que se fabricaram estes azulejos, o futebol ainda não era um desporto tão popular como isso nas terras lusitanas.

    um abraço

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    1. Também não sei Luis! Já tentei encontrar algo que lembrasse mesmo que remotamente um lagarto nos desenhos, mas não achei nada. E não acho que seja a cor, pois estes azulejos vemos aí em Lisboa em várias cores, e talvez azul seja a mais frequente.
      O que acho engraçado é que mais uma vez há um "similar" holandês.
      abraços!

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