O Iphan discute o que fazer com azulejos de Portinari, encaixotados desde 1942 porque Gustavo Capanema, prócer do Estado Novo, achou que eram sua caricatura.
Azulejos pintados por Portinari com peixes com a mesma fisionomia do então ministro da Educação, Gustavo Capanema. (Foto: Divulgação) |
Ícone da arquitetura modernista, o Palácio Gustavo Capanema, no centro do Rio de Janeiro, passou décadas abandonado. O descaso com o patrimônio público chegou a tal nível que a vida dos funcionários públicos que ali trabalham e da população que caminha por suas calçadas começou a correr risco. Elevadores estavam, literalmente, caindo aos pedaços – houve casos em que despencaram com passageiros e por pura sorte não houve um acidente mais sério, com vítimas. Azulejos da fachada despencavam na cabeça de quem passava pela calçada. Pinturas e murais em seu interior estavam descascando.