Logo aqui ao lado, numa tranquila rua transversal à minha, com ares da antiga Tijuca dos anos dourados, onde há praticamente apenas casas, e os prédios tem no máximo 3 andares, há esta linda "casa portuguesa", visivelmente do período neocolonial, ou se mais nova, seguindo este programa arquitetônico em voga nos anos 1920 e 1930.
Em seu frontão neobarroco ou neorrococó (esta nossa nova ortografia às vezes me causa náuseas!) há este pequeno painel com moldura, composto por azulejos quase certamente franceses.
Não sei dizer se estes azulejos são coetâneos à casa, ou se foram aproveitados de alguma das demolições em massa que a cidade sofreu durante a primeira metade do século XX. Acho mais provável esta segunda hipótese, pois o mesmo ocorreu, por exemplo, no Largo do Boticário, e foi uma das fontes do imenso acervo de azulejos do Museu do Açude.
Nós, brasileiros e portugueses, sabemos muito bem como apenas uma girada de 45° num azuelejo ,e temos um novo padrão, e uma nova dinâmica, um novo ritmo, que nem se parece mais com o que vemos quando o azulejo está na horizontal! E como esta virada de 45°. algo tão simples, foi até um momento decisivo da evolução do azulejo de tapete e de padrão em Portugal!
Me perdoe se eu estou querendo ensinar o padre-nosso ao vigário, mas me lembro de ter lido que o cobalto borrado é um bom indicativo de antiguidade de um azulejo. Hoje em dia em Portugal estão até fazendo de propósito, mas não quando esta casa foi construída.
ResponderExcluirRaul, estes azulejos são franceses, e antigos mesmo, séc. XIX. Devem ter vindo de demolições, tal qual no Largo do Boticário. A casa é nova, anos 1920 ou 1930, claro, mas os azulejos são bem mais antigos que ela. abs!
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