A Fazenda Machadinha foi uma fazenda de cana-de-açúcar do século XIX que pertenceu ao 2º Barão e Visconde de Ururaí e à sua esposa, Ana do Loreto, filha do Duque de Caxias. É um ambiente histórico tombado em caráter definitivo, composto por uma casa grande (as ruínas do Solar), três alas de antigas senzalas, armazéns e a capela de Nossa Senhora do Patrocínio. Descendentes de antigos escravos ainda habitam a parte que restou das senzalas e realizam festas na quais cantam o "fado", uma forma de jongo preservada há séculos.
Estes azulejos são "velhos conhecidos" aqui no blog. O azulejo de padrão é o "Estrela e Bicha" ("Slangster" em holandês; "Estrela e Serpente"), em sua versão holandesa.
O azulejo de cercadura é conhecido na Holanda como "Kettingrand" ("Borda em cadeia"), e como a maior parte dos padrões decorativos, foi produzido por diversas fábricas nos Países Baixos, com as suas devidas variações no desenho, ainda mais por ser um modelo pintado à mão livre, desde 1850, até 1930, segundo o Museu de Rotterdam.
Houve versões deste padrão em manganês e em policromia. Porém, aqui no Rio de Janeiro eu só encontrei a versão em azul cobalto, como a do Solar de Machadinha, e tantos outros imóveis (clique aqui para ver outras ocorrências do padrão Kettingrand).
Para encerrar, incorporo abaixo o vídeo "Quissamã Cultural - Expedições", de 20/09/2011, sobre o Complexo Cultural Fazenda Machadinha.
O Solar de Machadinha era um notável exemplar arquitetônico da região, oi estilo da construção com sobrado no centro é bem semelhante à Casa de Rui Barbosa. Seu projeto é do mesmo arquiteto do Solar de Mandiqüera, o arquiteto alemão Antonio Becher, embora menos grandiosa que o projeto de Mandiqüera, sua riqueza era tão grande quanto, o interior era ricamente decorado, toda mobília, louças, e tudo mais que compunha a casa, veio da Europa. As fachadas, em estilo neoclássico, possuíam janelas de arco pleno com uma bandeira em meia rosácea de vidros coloridos. Na platibanda do segundo pavimento, haviam estatuetas que representavam os quatro continentes da época, e na platibanda da varanda, jarrões de faiança. Acabou abandonada quando os herdeiros venderam as terras para o Engenho Central de Quissamã, ai então começou o processo de ruína.
ResponderExcluirOi Mateus,
ExcluirObrigado por este comentário, que complementa magnificamente a postagem!
abraços