segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Alto da Boa Vista X - Parque Nacional da Tijuca

postagem original: 17/12/2018
última atualização: 20/12/2018


Este final de semana estive no Parque Nacional da Tijuca, e pude fotografar mais alguns azulejos e telhões reaproveitados de demolições que foram usados para ornamentar pontualmente o caminho pela floresta. Como já sabemos, esta ornamentação, muitas vezes es estruturas neocoloniais, foi promovida por Raymundo Ottoni de Castro Maya, no período quem que ele foi administrador do parque, entre os anos de 1943 e 1946.



Estes azulejos me parecem certamente um revivalismo, possivelmente de origem portuguesa, mas não descarto a possibilidade de serem talvez espanhóis.

ilustração de azulejo espanhol do final séc. XVI / início XVII
fonte: livro "La rajola catalana de mostra dibuixada per Salvador Miquel",
editado pela Associació Catalana de Ceràmica (1989, 2a edição de 2000)


Este pequeno telheiro me interessou fotografar pois apresentam um padrão menos comum aqui no Rio de Janeiro (veja o detalhe).


Supõem-se que as banheiras de mármore carrara, azulejos, telhões, bicas de ferro fundido, bem como algumas outras peças do gênero que se encontram no parque, possam ser provenientes de antigas construções demolidas para abrir passagem para a abertura da Av. Presidente Vargas, no centro do Rio de Janeiro (década de 1940). Em suas memórias sobre sua administração do parque da Floresta da Tijuca, Castro Maya cita que adquiriu material de valor artístico proveniente de edificações demolidas para a construção daquela avenida, e utilizou algumas peças inclusive na reconstrução da antiga residência do Barão de Escragnolle, atual restaurante "Os Esquilos" (também na Floresta da Tijuca).